Um estudo capitaneado pela Minderoo Foundation indica que foram geradas 139 milhões de toneladas de resíduos plásticos de uso único no mundo em 2021.
Apesar dos esforços globais, são seis milhões de toneladas a mais do que em 2019, quando o primeiro Índice de Fabricantes de Resíduos Plásticos foi divulgado pela organização.
Em resumo, estamos produzindo uma quantidade recorde de resíduos plásticos descartáveis, principalmente os fabricados em polímeros criados a partir de combustíveis fósseis.
O documento revelou também que o crescimento deste tipo de lixo e foi impulsionado pela demanda por embalagens flexíveis, como filmes e sachês, ambos com baixíssima reciclabilidade.
Mas o relatório descobriu que a reciclagem não conseguiu acompanhar o ritmo para lidar com a quantidade de plástico produzida.
Isso significa que esses resíduos têm mais probabilidade de serem descartados em aterros, praias, rios e oceanos do que de irem para reciclagem.
Nos últimos anos, governos do mundo todo anunciaram políticas para reduzir o volume de plásticos de uso único, proibindo a fabricação e comercialização de canudos e talheres, recipientes para alimentos, cotonetes, sacolas e bexigas.
Previsto para ser lançado em 2024, tudo indica que será um documento amplo e juridicamente vinculativo. Ou seja, que não se restringiria apenas a promover a reciclagem e a coleta do que já existe de lixo plástico no mundo, mas também incluiria restrições à sua fabricação.
A primeira sessão deste Comitê Intergovernamental de Negociação (INC-1) começa nove meses depois que representantes de 175 países aprovaram uma resolução histórica em Nairóbi, Quênia. O evento reuniu quase cinco mil pessoas, 3.400 presencialmente.